15 temperos que fazem bem à saúde
Os temperos naturais podem trazer muitos benefícios para o organismo, além de deixar a comida muito mais saborosa, colorida e aromática.
Eles são poderosos anti-inflamatórios, antioxidantes, calmantes, estimulantes, antibióticos e cicatrizantes.
E portanto, podemos e devemos deixar de usar os temperos industrializados que possuem alta concentração de sódio, além de corantes, aromatizantes, entre outros aditivos químicos e artificiais que trazem muitos prejuízos para o nosso corpo.
Vamos conhecer 15 temperos que fazem bem a saúde?
1. Tomilho (Thymus vulgaris L.):
O tomilho é uma planta medicinal, aromática e condimentar. Tem efeitos antifúngicos, antibacterianos, digestivo e cicatrizante. Além de propriedades antimicrobianas, o tomilho é também conhecido com anti-séptico e expectorante e atua na inibição da peroxidação lipídica, diminuindo o LDL-colesterol, considerado o colesterol “ruim”.
Sugestão de utilização: um elemento importante do bouquet garni. Combina muito bem com sopas, molhos de tomate, legumes em geral e carnes vermelhas.
2. Cúrcuma ou Açafrão da terra (Curcuma longa L.):
É um membro da família dos gengibres e o seu benefício é devido a substância curcumina. É antioxidante, anticancerígena, melhora a digestão e retarda o envelhecimento precoce das células.
Possui muitos benefícios no controle da hipertensão, obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares. Porém, a propriedade mais evidenciada do curcumina é a sua capacidade de melhorar a sinalização de insulina celular, ajudando no controle da glicemia.
Sugestão de utilização: de aroma forte e sabor agradável, ligeiramente amargo, é utilizado em pratos à base de arroz, frango, peixes e crustáceos, além de risotos, pães, biscoitos e doces.
3. Sálvia (Salvia officinalis L.):
A sálvia possui propriedades antioxidantes, cicatrizantes, antissépticas, calmantes e anti-inflamatórias.
Há pesquisas que têm demonstrado que o óleo essencial de sálvia pode melhorar a memória, e tem se mostrado promissor no tratamento da doença de Alzheimer.
Sugestão de utilização: de sabor ligeiramente picante, combina com frutas e vegetais doces como maçãs e abóbora. Combina bem com sabores profundos como a cebola, o queijo cheddar e as costeletas de porco.
4. Louro (Laurusnobilis L):
O louro tem propriedades anti-inflamatórias, antireumáticas, diuréticas, digestivas, hepáticas, expectorantes e estimulantes. Devido a sua ação anti-inflamatória e antioxidante, melhoram o metabolismo da glicose e dos lipídeos.
Estudos demonstraram que o consumo de 1 a 3 gramas de folhas de louro durante 30 dias diminuiu a glicemia em torno de 26%. Além disso, diminui o colesterol total, LDL, e triglicérides, além de aumentar o HDL (colesterol “bom”) em portadores de Diabetes mellitus tipo 2.
Sugestão de utilização: a folha de louro é um dos componentes do bouquet garni. Combina com sopas, peixes, carnes e aves. Uma folha basta para aromatizar o prato. Pode ser usado em feijão, soja, grão-de-bico.
5. Orégano (Origanum vulgare L.):
É antioxidante e levemente diurético, sendo um importante aliado na prevenção de doenças cardiovasculares.
O orégano é um potente antioxidante para sistemas lipídicos, tem propriedades antidepressiva, hepatoprotetora, anti-inflamatória e antitumorais.
Devido a sua alta efetividade antimicrobiana e antioxidante, o orégano é utilizada no tratamento de úlceras associadas a bactéria Helicobacter pylori.
Sugestão de utilização: combina com tomate, pimentão, abobrinha e massas, além de carnes brancas como vitela e frango.
6. Canela em pó:
A canela é fonte de potássio, cálcio, manganês, ferro, zinco, magnésio e vitamina A. Possui ação antioxidante, anti-inflamatória, antidiabética, anestésica e antisséptica.
O uso de 1 a 6 gramas de canela por dia demonstra uma diminuição significativa dos níveis de glicose no sangue, sendo que quanto maior o tempo de suplementação, menores os valores de triglicerídeos no sangue.
Sugestão de utilização: de aroma adocicado e forte, pode ser encontrada em casca ou em pó. Pode ser utilizada em picles, pães, bolos, legumes doces, pratos salgados e salpicada sobre frutas ao forno.
7. Coentro (Coriandrumsativum L):
Apresenta propriedades antibacterianas, antioxidantes, anti-inflamatórias e calmantes. Auxilia no controle da glicemia, do apetite e da ansiedade.
As sementes de coentro e o óleo essencial possuem atividades antimicrobiana, antioxidativa, hipoglicemiante, anti-hiperlipidêmica, analgésica, anti-inflamatória, anticonvulsivante e possui atividade anticâncer, entre outras.
É eficaz para o tratamento das dislipidemias, por diminuir a deposição de gordura nas paredes interiores das artérias e veias. Portanto, possui efeitos preventivos e curativos contra dislipidemia.
Sugestão de utilização: possui aroma refrescante e de sabor marcante. Combina com peixe, frutos do mar, frango e legumes. Suas sementes são usadas para temperar as marinadas. As folhas frescas são usadas para mascarar o odor de certas preparações.
8. Alecrim (Rosmarinus officinalis L.):
Possui propriedades antioxidantes que são capazes de reagir com radicais livres e evitando assim o estresse oxidativo.
Sugestão de utilização: sabor refrescante e aroma muito intenso, deve ser usado em pequenas quantidades. Seu aroma associa-se muito bem com carnes de boi, aves e peixes, com recheios e pães, sopas e alguns molhos, além de combinar muito bem com legumes. Utilizado também para aromatizar vinagre ou azeite.
9. Manjericão (Ocimum basilicum L.):
O manjericão, também conhecido como alfavaca, alfavaca-cheirosa, basílico ou manjericão comum, é a espécie mais intensamente cultivada.
Pode ajudar a prevenir danos oxidativos, como a peroxidação lipídica, que é associada ao câncer, envelhecimento precoce, aterosclerose e diabetes.
Além disso, vem sendo muito utilizado no tratamento de doenças sistêmicas como infecções respiratórias, bronquites, doenças de pele e malária. Além de ter um forte poder antimicrobiano e anti-inflamatório em inflamações agudas e possuir benefícios para a proteção neurológica.
Sugestão de utilização: como o calor diminui o seu aroma, é preferível colocá-lo ao final da receita.
10. Noz-moscada (Myristica fragrans):
A noz-moscada previne o depósito de colesterol, fosfolipídios e triglicérides no fígado, coração e aorta, além de dissolver a placa de ateroma. Possui atividades anti-inflamatórias e antimicrobianas.
Sugestão de utilização: é utilizada em recheios de doces, molhos tipo bechamel, temperos de legumes, em pratos à base de ovos ou no preparo de pães, biscoitos, bebidas e coquetéis.
11. Cravo (Syzygium aromaticum L.):
O cravo apresenta efeitos terapêuticos no controle do diabetes, pois é capaz de reduzir significativamente os níveis de glicose. Além disso, o óleo essencial do cravo é capaz de bloquear a peroxidação lipídica, além de ter efeito protetor para o fígado.
Sugestão de utilização: é utilizado para aromatizar doces, frutas, leites e pães, porém não é consumido.
12. Salsa (Petroselinum crispum):
A salsa possui ação antimicrobiana, antisséptica e digestiva. É utilizada em casos de problemas gastrointestinais, inflamação, halitose, cálculos renais e amenorreia.
Sugestão de utilização: para temperar carnes de boi, aves e peixes. Vai bem em recheios e pães, sopas e alguns molhos, além de combinar muito bem com legumes. Utilizada também para aromatizar vinagre ou azeite.
13. Cebolinha (Allium schoenoprasum):
É uma planta cujos efeitos antimicrobianos e antifúngicos são utilizados para aliviar a dor de queimaduras solares e dores de garganta. Possui propriedade anti-inflamatória.
Sugestão de utilização: realça as saladas, os ovos e omeletes, e molhos. Faz parte das ervas finas como salsa e estragão.
14. Cebola (Allium cepa):
Possui efeitos antioxidantes, diminui o risco de doenças cardiovasculares, diminui o colesterol sanguíneo e pressão arterial.
Sugestão de utilização: presente em pratos com sabor picante mais marcante. Pode ser utilizada crua em carnes, saladas, molhos e vinagretes. Cozida ou refogada combina bem com arroz, carnes, omeletes, sopas, legumes e verduras.
15. Alho (Allium sativum L.):
É usado para ajudar a tratar problemas de respiração e digestão, hanseníase, artrite, dores de dente, tosse crônica, constipação, picadas venenosas, doenças ginecológicas e como antibiótico natural.
Sugestão de utilização: muito versátil, seu sabor combina com carnes, peixes e legumes. Pode-se utilizar os dentes inteiros e descascados para aromatizar óleos vegetais.
Referências:
- DEL RÉ, P.V.; JORGE, N. Especiarias como antioxidantes naturais: aplicações em alimentos e implicação na saúde. Rev. Bras. Pl. Med., Botucatu, v. 14, n.2, p. 389-399, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbpm/v14n2/21.pdf
- SAKURAI, F. N.; et. al. Caracterização das propriedades funcionais das ervas aromáticas utilizadas em um hospital especializado em cardiopneumologia. Demetra: Alimentação, nutrição & saúde. 11(4); 1097-1113, 2016. Disponível em: http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/18170