Conheça os excelentes benefícios do maracujá

Os tipos mais comuns de maracujá são o amarelo, o doce e o roxo, sendo este último mais encontrado na Austrália. Em inglês, maracujá é chamado de passion fruit (fruto da paixão) – descubra mais motivos para amar o maracujá e seus benefícios!

O Maracujá (Passiflora Edulis) é uma planta de origem tropical com ampla distribuição geográfica, mas sua origem se deu, provavelmente, no Brasil. O sabor intenso faz do fruto um ótimo componente para sucos, sobremesas e até para preparações salgadas. Que o fruto oferece inúmeras possibilidades e combinações já se sabe, agora confira suas principais propriedades.

O grande poder antioxidante

Um dos maiores destaques do maracujá está em seu alto teor de vitamina C, nutriente com potente efeito antioxidante, favorecendo a proteção do corpo contra os possíveis danos causados por radicais livres (originados por estresse das células), prevenindo o envelhecimento precoce.

Além do potencial antioxidante proveniente da vitamina C, outras substâncias bioativas com destacado efeito de proteção são encontrados nesta fruta, como compostos fenólicos, carotenoides, flavonoides e antocianinas.

Polpa, sementes e casca

Estudos recentes apontam a presença dos antioxidantes não somente na sua polpa, mas também nas sementes e na casca de diferentes espécies de maracujá, o que pode despertar para o aproveitamento integral da fruta. Hoje já há alternativas para uso da casca e sementes do maracujá na culinária, além da disponibilidade de produtos em pó (como casca em pó, por exemplo).

As sementes se aproveitam em caldas, sobremesas, molhos, como itens para decorar pratos, também são consumidas em sucos, vitaminas e smoothies (bebida gelada de frutas). A casca, além da dar origem ao já citado “pó de casca de maracujá” (para adição em sucos, vitaminas, iogurtes ou outros pratos), também pode ser utilizada para o preparo de doces em compota.

Atualmente, com o tema do desperdício em total destaque e valorização, cada vez mais explora-se a utilização de suas partes não convencionalmente comestíveis dos alimentos, por isso os usos possíveis tendem a ser cada vez mais explorados e descobertos. Os benefícios antioxidantes estão em todas as partes do fruto!

A casca do maracujá e suas fibras solúveis

A casca do maracujá ainda tem quantidades significativas de pectina (um tipo de fibra solúvel), benéfica para promoção da saciedade e para a melhora do fluxo intestinal.

As fibras solúveis são fermentadas pelas bactérias presentes na flora intestinal, assim favorecem a proliferação de bactérias benéficas no intestino, que são fundamentais para a saúde digestória, imunidade, absorção adequada de nutrientes, entre outras propriedades.

Há ainda evidências de que a ingestão de fibras reduz o risco de desenvolvimento de obesidade, de diabetes, doenças cardiovasculares (DCV) e alguns tipos de câncer (cavidade oral, esofágico, gástrico e colorretal).

As sementes para uma pele mais saudável

Algumas pessoas não gostam das sementes do maracujá, devido a sua textura “crocante”, mas consumir estas sementes pode ter benefícios interessantes!

Estudos recentes analisaram o efeito do extrato de sementes de maracujá e seus benefícios para a pele. Alguns compostos fenólicos presentes no extrato (sobretudo o piceatannol) têm efeito positivo na produção de colágeno e na melhora da hidratação da pele. O colágeno é uma proteína que dá firmeza, estrutura e elasticidade para a pele, além de ter função importante para a saúde das articulações.

Mais benefícios da vitamina C

100g de maracujá podem fornecer 50% da necessidade diária de vitamina C, nutriente com ação no fortalecimento do sistema imune (sistema de defesas do corpo), além da importante atuação na manutenção da saúde da pele, dos dentes e dos ossos.

Outros destaques nutricionais

O maracujá ainda contém quantidades consideráveis de alguns minerais fundamentais para diversas funções – magnésio, relacionado à manutenção da integridade óssea e participação de inúmeras reações metabólicas e estruturais; zinco, mineral com atuação no sistema de defesas do corpo e na multiplicação celular; e fósforo, que participa na formação das células.

Maracujá melhora o sono?

Componentes presentes não no extrato do fruto, mas nas folhas e no tronco da planta do maracujá são associados a mais horas de sono e vêm sendo aplicadas em tratamentos para ansiedade, insônia, entre outras.

Entretanto, a espécie mais comum no Brasil ainda não é largamente estudada, a maioria dos artigos científicos analisa as propriedades relacionadas ao sono com a espécie Passiflora incarnata, mais comum na América do Norte.

Mas não restam dúvidas que o tropical maracujá está cheio de benefícios e ainda combina muito com o clima brasileiro, é capaz de refrescar e trazer todos esses benefícios à saúde.

Referências:

  1. Dos Reis LCR, Facco EMP, Salvador M, Flores SH, de Oliveira Rios A. Antioxidant potential and physicochemical characterization of yellow, purple and orange passion fruit. J Food Sci Technol. 2018 Jul; 55 (7): 2679-2691. Disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13197-018-3190-2
  2. Tabela brasileira de composição de alimentos / NEPA –UNICAMP.- 4. ed. rev. e ampl.. — Campinas: NEPA-
    UNICAMP, 2011.161 p. Disponível em: http://www.nepa.unicamp.br/taco/index.php
  3. EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Maracujá. Disponível em: https://www.embrapa.br/mandioca-e-fruticultura/cultivos/maracuja. Acesso em 23 de outubro de 2018.
  4. ILSI – International Life Sciences Institute do Brasil. Fibra alimentar / Funções plenamente reconhecidas de nutrientes. São Paulo: 2011. Disponível em: http://ilsi.org/brasil/wp-content/uploads/sites/9/2016/05/18-Fibra-Alimentar.pdf
  5. Makuri-Uchida H, Morita M, Yonei Y, Sai M. Effect os Passion Fruit Seed Extract Rich in Picetannol on the Skin of Women: A Randomized, Placebo-Controlled, Double-Blind Trial. J Nutr Sci Vitaminol (Tokyo). 2018; 64 (1): 75-80. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/29491276
  6. Guerrero FA, Medina GM. Effect of a medical plant (Passiflora incarnata L) on sleep. Sleep Sci. 2017 Jul-Sep; 10(3): 96-100. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5699852/

One Comment

  1. Avatar

Add a Comment

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *