Super Clube Fit

Qual a diferença entre gelatina, colágeno e glucosamina e qual o melhor?

O colágeno é, em disparado, a proteína mais abundante no corpo humano e representa aproximadamente um terço de toda sua composição proteica.

Sua prin­ci­pal fun­ção é impe­dir a defor­ma­ção dos teci­dos, dando sus­ten­ta­ção às célu­las e as man­tendo uni­das. Ele pode ser encon­trado na pele, den­tes, ossos, unhas, cabelo, vasos san­guí­neos, arti­cu­la­ções e músculo.

No entanto, sabe-se que a par­tir dos 30 anos de idade, aproximadamente, o corpo passa a sofrer com uma queda nos níveis dessa pro­teína, o que pode ser obser­vado atra­vés da perda de elas­ti­ci­dade da pele, alte­ra­ções nas unhas e cabe­los e reno­va­ção celu­lar pre­ju­di­cada. Com esse qua­dro, mui­tas mulhe­res aca­bam pro­cu­rando aumento de colá­geno com alguns pro­du­tos que estão no mer­cado, entre eles: a glucosamina, a suplementação de colágeno e a gelatina.

Diferença entre o gelatina, cólageno e glucosamina

Existem muitas diferenças nas funções entre o colágeno, a glucosamina e a gelatina.

O colágeno hidrolisado, também conhecido como “Colágeno tipo I” é um derivado bovino com alto conteúdo proteico. Sua extração acontece a partir da água ou através de enzimas. Este processo de “digestão” quebra as moléculas de proteínas presentes no colágeno. Assim, tais moléculas conseguem ser absorvidas pelo corpo.

Por sua vez, o “Colágeno tipo II” é extraído de algumas aves a partir de um processo onde não são utilizadas enzimas ou altas temperaturas, o que garante um colágeno sem alteração molecular.

A gelatina trata-se de um colágeno não hidrolisado, pois não passa pelo processo de “quebra” e tem como habilidade formar géis estáveis e reversíveis, auxiliando ainda na produção e renovação do colágeno no corpo.

Ademais, a glucosamina é um “amino açúcar” que cria cadeias de diferentes moléculas, através de seu processo enzimático, ocasionando proteínas e lipídeos.

Já que o colágeno vai diminuindo ao longo dos anos, pois acaba sendo substituído por outro tecido mais fibroso e menos elástico, o corpo humano precisa de um percursor para que o nível desta proteína fique em manutenção, sendo assim, a gelatina e a suplementação de colágeno podem cumprir com esse equilíbrio. No entanto, é importante lembrar que uma alimentação saudável e balanceada também é capaz de cumprir com tal função!

Já a glucosamina – presente no organismo, porém em baixas quantidades – é especialmente útil no tratamento de problemas como artrite e artrose, já que em sua composição há propriedades anti-inflamatórias. Sem ela, ações simples do dia a dia se tornariam mais dolorosas e difíceis de serem executadas.

Além disso, é necessária para a síntese de alguns lipídeos (gorduras) e proteínas fundamentais para o desenvolvimento de alguns tecidos, como a cartilagem, tecido que origina a formação de tendões, articulações e ligamentos.

Sua ingestão é unicamente feita através de suplementos, já que sua extração é feita a partir de crustáceos, lagostas, caranguejos e cascas de camarões.

Entre as três opções, qual é a melhor para o consumo?

O nosso corpo con­se­gue pro­du­zir o colá­geno, desde que nas­ce­mos, e para essa pro­du­ção, o orga­nismo uti­liza vários ami­noá­ci­dos (as menores partes que compõem as proteínas), vita­mi­nas e mine­rais.

Ainda, é pre­ciso que haja necessidade do corpo para esti­mu­lar o mesmo a pro­du­zir colá­geno, ou seja, se tudo esti­ver em ordem, o colá­geno será pro­du­zido e o orga­nismo fun­ci­o­nará bem, tendo como resul­tado uma pele sau­dá­vel e um meta­bo­lismo funcionante.

Sendo assim, fica claro a impor­tân­cia e a pri­o­ri­dade de uma ali­men­ta­ção equi­li­brada: as prin­ci­pais fon­tes de colá­geno são os ali­men­tos ricos em pro­teí­nas de ori­gem ani­mal (carne bovina, suína, aves, peixes, ovos, leites e derivados) além, é claro, da própria gelatina. E, para que este seja pro­du­zido pelo orga­nismo, é impor­tante que sua dieta inclua boas fon­tes de vita­mi­nas e mine­rais, como vita­mina A, C, D e zinco.

O mais habitual é encontrar a gelatina em pó, todavia, atualmente, algumas farmácias especializadas já disponibilizam o produto em cápsulas. As do tipo em pó têm uma absorção muito mais rápida e com apenas uma colher de sopa já é suficiente para completar a dose diária (10 gramas). O mesmo pode ocorrer com a suplementação de colágeno.

A suplementação com glucosamina não pode ser adicionada a dieta sem a prescrição de um profissional de saúde especializado. Seu uso pode causar alguns efeitos colaterais como indisposição e diarreia. Além disso, pessoas alérgicas aos derivados da substância devem tomar cuidado ao consumir e, caso apresentem sintomas de alergia, devem parar com o consumo imediatamente.

Antes de acrescentar qualquer tipo de suplemento em sua alimentação, busque alternativas naturais e viáveis para recompor os componentes necessários ao corpo.

A prática de exercícios físicos regularmente, uma alimentação equilibrada, uma correta hidratação, além de evitar hábitos como fumar e ingerir bebidas alcóolicas em excesso, são fundamentais para manter a saúde em dia!

Referências:

  1. LEE, C.H.; SINGLA, A.; LEE, Y. Biomedical applications of collagen. International Journal of Pharmaceutics. Vol. 22, p. : 1.22, 2001. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378517301006913
  2. MACIEL, D. ; OLIVEIRA, G.G. Prevenção do envelhecimento cutâneo e atenuação de linhas de expressão pelo aumento da síntese de colágeno. V Congresso Multiprofissional em Saúde: Atenção ao Idoso. 2011. Disponível em: https://docplayer.com.br/4876354-Prevencao-do-envelhecimento-cutaneo-e-atenuacao-de-linhas-de-expressao-pelo-aumento-da-sintese-de-colageno-resumo.html
  3. BRODSKY, B.; RAMSHAW, J.A.M. The collagen triple-helix structure. Matrix Biology, vol. 15, p.: 545-554, 1997. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0945053X97900305
  4. AMARAL, R. C.; SOLARI, H. P. “Crosslinking” de colágeno no tratamento de ceratocone. Rev. Bras. Oftalmol. vol.68, no.6, 2009. Disponível em: https://docplayer.com.br/26741816-Crosslinking-de-colageno-no-tratamento-do-ceratocone.html