Você sabia que diversos tipos de proteínas apresentam função hormonal? Mas, para compreender o que isso significa é importante primeiro entender o que são as proteínas e os hormônios, suas estruturas e o papel no organismo humano.
O que é uma proteína
Proteínas são macromoléculas orgânicas compostas por um conjunto de aminoácidos que possuem grande importância, pois além de seu papel fundamental no crescimento e reparo de tecidos corporais, também participam da produção de hormônios, enzimas, anticorpos e neurotransmissores e ainda atuam no metabolismo celular e na contração dos músculos.
Os aminoácidos que compõe as proteínas podem ser do tipo “não essenciais”, isto é, quando o corpo é capaz de produzi-los a partir do fígado, ou do tipo “essenciais”, quando não são produzidos pelo organismo e a única forma de obtê-los é através da alimentação ou ingestão de suplementos alimentares.
O que são hormônios
Já os hormônios são substâncias químicas produzidas por glândulas do sistema endócrino ou neurônios especializados que agem inibindo ou estimulando ações em células alvo e assim regulam o funcionamento do organismo. Podem ser esteróides, derivados da tirosina ou protéicos.
Os hormônios protéicos são hidrossolúveis e por isso são transportados livremente no plasma, no entanto, não atravessam a membrana plasmática e por isso se ligam a receptores que ativam um segundo mensageiro que informa a ação que deve ser realizada.
Vamos conhecer um pouco mais sobre as proteínas com função hormonal
Hormônio adrenocorticotrófico: é responsável por estimular a secreção de cortisol, uma substância envolvida na resposta à situações de estresse. Altas concentrações podem promover a quebra de gordura, aumentar a captação da glicose e aminoácidos pelos músculos, além de estimular a secreção de insulina.
Hormônio do crescimento (GH): como indica seu nome, atua no crescimento físico e tem papel primordial no desenvolvimento das células como um todo, além de promover a síntese proteica nos ossos e músculos, a diminuição da deposição de gordura em regiões como o abdômen e o tronco, além de aumentar a necessidade de insulina no organismo.
Ocitocina: esta substância conhecida como o hormônio do amor tem a função de proporcionar bem estar físico e mental, e favorecer o relacionamento com outras pessoas e a sensibilidade, além de atuar na promoção do prazer sexual, das contrações uterinas, no controle do sangramento em trabalhos de parto e na amamentação.
Prolactina: responsável pela produção e ejeção de leite materno e pelo desenvolvimento das mamas ao longo da gravidez. Também auxilia na formação de células sanguíneas, cicatrização e sistema imunológico.
Insulina e glucagon: os hormônios pancreáticos insulina e glucagon estão relacionados com a regulação dos níveis de açúcar na corrente sanguínea. Na ingestão de alimentos a insulina é secretada e entra em ação promovendo a entrada de glicose nas células e o armazenamento de glicose hepática e muscular. Já o glucagon age na ausência da ingestão de alimentos por um período prolongado favorecendo a quebra da glicose armazenada no fígado para liberação na corrente sanguínea. A insulina tem efeito anabólico no metabolismo e favorece a hipertrofia muscular e o glucagon aumenta a oxidação de ácidos graxos gerando corpos cetônicos.
Vasopressina: tem como função reduzir a diurese na presença de solutos, promovendo a reabsorção de água que eleva o volume de líquidos corporais e consequentemente a pressão arterial. Além de atuar no equilíbrio dos sais, também auxilia na regulação da glicemia e tem papel no comportamento social e na resposta materna ao estresse.
Somatostatina: hormônio envolvido na inibição da secreção salivar, reduzindo também a secreção de ácido clorídrico e pepsina. Também inibe a secreção de insulina e glucagon e a liberação do hormônio do crescimento.
A regulação hormonal ocorre pelo mecanismo de retroalimentação ou feedback negativo que funciona inibindo a secreção de um hormônio quando a sua concentração sanguínea aumenta.
Incrível como nosso corpo é capaz de produzir substâncias que estão envolvidas na regulação do organismo como um todo, não é?!
Mas, para que a atuação de hormônios protéicos, anticorpos e enzimas seja favorecida é essencial o consumo de um aporte adequado de proteínas de alto valor biológico e aminoácidos essenciais.
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Referências
- Silva, SMCS; Mura, JDP. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia, 2a ed [reimpr.], volume 1. Grupo Editorial Nacional – São Paulo: Editora Roca, 2014.