A proteína é um nutriente alvo de discussões intermináveis na internet e na ciência em geral. Isso porque, vemos grandes figuras das redes sociais e da TV, como musas fitness e atletas, recomendando o seu consumo.
No geral, o consumo de proteínas dentro das porções recomendadas é ideal para a manutenção de diversas atividades do corpo humano. Ainda, a associação entre exercício físico e o aumento do consumo de alimentos ricos em proteínas de forma consciente e orientada, justifica-se devido à importância desse nutriente para a recuperação muscular e também para o ganho de massa magra.
Todavia, o excesso no consumo deste macronutriente pode causar alguns prejuízos à saúde, independente do motivo que leva à ingestão exagerada. Um desses prejuízos é a produção de gases intestinais.
Como isso acontece?
Os gases expelidos via oral ou anal, podem ser produzidos a partir do ar engolido – enquanto falamos ou comemos – e, ainda, pela fermentação dos alimentos que consumimos, a partir das bactérias que povoam o nosso aparelho digestório.
No entanto, quando os gases são eliminados em excesso, trazendo constrangimento, dores abdominais, náuseas ou diarréia ao indivíduo, é importante ficar atento!
Um dos motivos pode estar relacionado à disbiose, ou seja, o desequilíbrio da microbiota intestinal. Isso acontece com a diminuição de bactérias benéficas no intestino e o aumento das bactérias que podem causar doenças. Entre as causas para tal desequilíbrio estão: alimentação desbalanceada, rica em alimentos ultraprocessados e pobre em fibras; consumo excessivo de álcool, antibióticos, laxantes e cortisona, além de algumas doenças intestinais.
Como evitar os gases intestinais?
A maneira mais simples de evitar gases intestinais está na adequação da alimentação, a fim de favorecer uma microbiota intestinal mais equilibrada:
- Consuma alimentos fontes de fibras (vegetais folhosos, frutas com casca e bagaço, sementes e oleaginosas, alimentos ricos em carboidratos na versão integral);
- Hidrate-se corretamente! O consumo de 2 litros ou mais de água por dia é essencial para evitar prejuízos intestinais;
- A quantidade ideal para o consumo diário de proteínas varia de acordo com as características de cada pessoa, no entanto, recomenda-se o consumo de 0,8 a 1,2 gramas de proteínas por quilo que a pessoa pesa;
- Atente-se ao consumo exagerado de feijões e outras leguminosas (lentilha, ervilha, grão-de-bico, soja), pois são ricos em rafinose, um tipo de carboidrato que não é bem digerido, favorecendo a fermentação;
- Evite o consumo em excesso de alimentos crucíferos, como o brócolis, a couve-flor e o repolho, pois contém enxofre, que age com as bactérias intestinais;
- Reduza o consumo de bebidas gaseificadas. Não é uma regra, no entanto, algumas pessoas sentem-se melhor após tal redução;
- Atente-se a possibilidade de intolerância à lactose ou ao glúten;
- Evite a ingestão de líquidos durante as refeições;
- Alimente-se com calma, em lugares tranquilos e mastigue bem os alimentos;
- Pratique exercícios físicos regularmente, afinal, estimulam o correto funcionamento do intestino.
Viu só? Uma alimentação equilibrada e sem exageros sempre trará benefícios à sua saúde!
Referências:
- Dráuzio Varella. Doenças e Sintomas – Flatulência. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/flatulencia/
- Federação Brasileira de Gatroenterologia. Disponível em: http://www.fbg.org.br/