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Para que serve o ácido fólico na gravidez

O complexo B é formado por 8 vitaminas, com importantes funções dentro do organismo, dentre elas a vitamina B9, que é consumida na forma de ácido fólico na gravidez, pois geralmente o consumo através da alimentação não é suficiente nessa fase da vida.

Apesar de terem os nomes parecidos e apresentarem os mesmos benefícios à saúde, o ácido fólico e o folato são formas diferentes de se consumir a vitamina B9.

Vamos entender essa diferença?

O uso de ácido fólico é indicado ainda antes do início da gestação, pois os defeitos do tubo neural ocorrem na fase inicial do desenvolvimento fetal, entre a terceira e a quinta semana de gestação.

Mas, afinal, o que é o tubo neural?

O tubo neural nada mais é do que a estrutura que futuramente será o cérebro e a medula espinhal do indivíduo.

Os defeitos do tubo neural podem se apresentar das seguintes formas:

As causas desses danos ainda não são totalmente conhecidas pela ciência, no entanto, as evidências científicas mostram que a alimentação da mãe durante a gravidez exerce grande influência, bem como as causas genéticas e o uso de álcool e drogas.

Outro fator de risco para o aparecimento dessa deficiência são os medicamentos utilizados para controlar convulsões.

Curiosidade: mulheres com filhos que foram afetados por má formação têm dez vezes mais chances de ter outro filho com a mesma complicação.

Ainda assim, os defeitos do tubo neural podem ocorrer, em 95% dos casos, em casais considerados de baixo risco, isto é, sem história de malformações congênitas em gestações anteriores.

Isto evidencia a importância de um acompanhamento do estado nutricional, da vitamina B9 e de outros nutrientes igualmente importantes para a gestação, como o ferro e o ômega-3, por exemplo.

Resumo:

O ácido fólico é uma forma sintética de vitamina B9 que e é fundamental na gestação para a formação do bebê. Devemos suplementa-lo ou consumi-lo em alguns alimentos fortificados.

Ácido Fólico na Gravidez

Além da proteção contra má formação, o consumo de ácido fólico na gravidez pode apresentar outros benefícios, como:

Esses benefícios vão desde a gestação, contribuindo para o desenvolvimento saudável do bebê e se estendem até a infância, prevenindo também contra doenças respiratórias.

Além do efeito preventivo contra as situações citadas acima, o ácido fólico contribui também para redução do risco de fissura labial, alterações do trato urinário e hidrocefalia congênita (aumento de líquido dentro da cavidade craniana).

Vale ressaltar, portanto, o papel do ácido fólico como um dos fatores de prevenção mais importante para defeitos neurológicos, bem como, sua relevância na alimentação do dia a dia.

Resumo:

Os benefícios do consumo adequado de ácido fólico vão desde a gestação, contribuindo para o desenvolvimento saudável do bebê e se estendem até a infância.

Deficiência de ácido fólico na gravidez

O ácido fólico na gravidez geralmente se encontra deficiente.

Isso acontece porque há um aumento da demanda deste nutriente para o crescimento fetal e também para suprir os tecidos maternos.

Quando isso acontece, há uma redução de folato tanto no sangue quanto dentro das células, consequentemente um aumento de marcadores para doenças do coração e alterações nas células da medula óssea e outros tecidos.

Além da ingestão insuficiente, outros fatores também contribuem para a deficiência de vitamina B9,tais como:

Outra questão ligada à deficiência de folato na gestação é a forma de preparo dos alimentos, como por exemplo, quando são expostos ao calor, provocando perdas significativas das vitaminas e, portanto, ingerindo menos que o necessário.

A deficiência também pode estar relacionada a anemia durante a gravidez, uma vez que provoca uma maior eliminação de folato através da urina.

Sendo assim, devido a gravidade dos defeitos do tubo neural, alguns pontos devem ser levados em consideração:

Esses cuidados são necessários, pois as consequências da deficiência de ácido fólico durante a gestação podem causar problemas durante a mesma, bem como ao longo da vida, como por exemplo, dificuldade com a alimentação, desenvolvimento da fala, audição e formação dos dentes.

Resumo:

Devido a gravidade da deficiência de ácido fólico na gestação, é de fundamental importância a sua suplementação.

Suplementação de Ácido fólico na gravidez

Pensando em aumentar a quantidade de ácido fólico na gravidez, o uso deste nutriente na forma de suplemento é essencial e já faz parte do protocolo de pré-natal, juntamente com outras vitaminas e minerais.

Isso se justifica, porque quando a suplementação é feita antes da gestação pode reduzir em até 75%, tanto o risco de ocorrência quanto o de recorrência de má formação.

Recomenda-se, no entanto, que a suplementação de ácido fólico seja feita em média de 2 a 3 meses antes da concepção, uma vez que seu papel na gravidez é fundamental para o processo de multiplicação celular.

Além disso, contribui para o aumento dos eritrócitos (células sanguíneas), o alargamento do útero, o crescimento da placenta e do feto, e para a produção de anticorpos durante a gravidez e a fase de aleitamento, além de participar da produção de substâncias que compõe o DNA, sendo ainda essencial para a produção de proteína.

Resumo:

A suplementação de ácido fólico já faz parte do protocolo de pré-natal, juntamente com outras vitaminas e minerais. E é aconselhado também que seja feita em média de 2 a 3 meses antes da concepção, uma vez que seu papel na gravidez é fundamental.

Mas, afinal, qual a quantidade ideal a ser consumida a fim de evitar os malefícios?

Recomendação da suplementação de acido fólico na gravidez

O consumo de folato (forma natural da vitamina B9) durante a gravidez é de 600 mcg, conforme recomendação do Institute of Medicine (IOM).

Porém, a suplementação de ácido fólico na gravidez, deve ser de 400 mcg por dia, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde (MS).

Já durante ao aleitamento, essa dosagem deve ser de 500 mcg.

No entanto, a adesão à suplementação pode ser prejudicada pela percepção de que o suplemento é o mesmo que medicamento, inibindo então o uso.

Além disso, algumas mulheres sentem receio de utilizar o suplemento por medo de causar náuseas, sintoma muito comum durante a gravidez, principalmente nos três primeiros meses.

Vale ressaltar, portanto, que a suplementação deve ser prescrita pelo médico ou nutricionista, levando em conta o nível de deficiência, hábitos alimentares e outros fatores agravantes para a deficiência.

Resumo:

A suplementação de ácido fólico na gravidez, deve ser de 400 mcg por dia e durante ao aleitamento, essa dosagem deve ser de 500 mcg.

Fortificação de Alimentos

As políticas de fortificação de alimentos foram implantadas com o intuito de aumentar a ingestão de folato pela população.

Essa estratégia visa alcançar uma grande parte das pessoas, por se tratar de alimentos muito utilizados nas refeições do dia a dia.

A vantagem da fortificação de alimentos se dá pelo seu baixo custo, quando é comparada à utilização de suplementos ou mudanças na dieta.

A quantidade de ácido fólico adicionada é de 150 mcg, para cada 100 g de farinha de trigo ou de farinha de milho.

Vale ressaltar, no entanto, que apesar dessas políticas para prevenir os malefícios causados pela deficiência de ácido fólico na gravidez, ainda são necessárias estratégias de educação nutricional.

Sendo assim, é muito importante conscientizar a população sobre a importância de uma boa alimentação durante a gestação, tanto para a saúde da mãe, quanto para o desenvolvimento do bebê.

Resumo:

O ácido fólico não ocorre naturalmente nos alimentos, mas é freqüentemente adicionado a produtos de grãos refinados. É muito importante conscientizar a população sobre a importância de uma boa alimentação durante a gestação, tanto para a saúde da mãe, quanto para o desenvolvimento do bebê.

Referências:

  1. Santos, L. M. P.; et al. Efeito da fortificação com ácido fólico na redução dos defeitos do tubo neural. Cad. Saúde Pública. 2007, 23(1), 17-24. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2007000100003
  2. Linhares, A. O. Suplementação com ácido fólico entre gestantes no extremo Sul do Brasil: prevalência e fatores associados. Ciências & Saúde Coletiva. 2017, 22(2):535-542. http://www.scielo.br/pdf/csc/v22n2/1413-8123-csc-22-02-0535.pdf
  3. Koren, G.; Goh, Y. I. Folic Acid. Canadian Family Physician. 2008, v54. http://www.motherisk.org/prof/updatesDetail.jsp?content_id=891
  4. Barbosa, L.; et al. Fatores associados ao uso de suplemento de ácido fólico durante a gestação. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. 2011, 33(9):246-51. http://www.scielo.br/pdf/rbgo/v33n9/a05v33n9.pdf
  5. Alaburda, J., Shundo, L. Ácido fólico e fortificação de alimentos. Rev. Inst. Adolfo Lutz. 2007, 66(2):95-102. http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0073-98552007000200002&lng=pt