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Para que serve a planta mastruz e quais suas qualidades

O mastruz (Chenopodium ambrosioides L.) é uma planta herbácea da família das Chenopodiaceas.

De forte aroma, nativa da América tropical e originária do México, pode ser encontrada em beira de estradas e em terrenos abandonados.

No Brasil, essa espécie tem ampla distribuição, com ocorrência em quase todo o território, onde recebe vários nomes populares: mastruço, mastruz, erva-de-santa-maria, chá-do-méxico, erva-formigueira e quenopódio.

O mastruz é uma planta milenarmente usada na medicina popular, sendo considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma das espécies mais utilizadas entre os remédios tradicionais no mundo.

Benefícios do Mastruz

O mastruz é uma excelente fonte de várias vitaminas, como: vitamina A, B e C; além de minerais. como: cálcio, ferro, fósforo, zinco e potássio.

Tem indicação fungicida, para tratamento de doenças pulmonares, distúrbios intestinais, bactericida, moluscicida, expectorante, imunoestimulatória, antihelmíntica, cicatrizante e antitumoral.

Também é usado em cicatrização de fraturas ósseas e como anti-inflamatório tópico em tombos e luxações. Aplica-se o suco integral da planta nos casos de contusão.

No caso das fratura ósseas, as folhas também são aplicadas no local da lesão com a intenção de agilizar o reparo ósseo.

No meio rural, é empregada como repelente de ectoparasitas como piolhos, pulgas e carrapatos.

Além disso, o mastruz reforça a imunidade devido à presença da vitamina C em sua composição. E, dessa forma, atua no tratamento de problemas respiratórios como asma, bronquite e rinite.

Suas propriedades anti-helmínticas são apregoadas na tradição oral com referência ao combate de vermes intestinais tais como ascarídeos, ancilostomídeos e oxiurídeos.

O princípio ativo anti-helmíntico, isolado do óleo essencial da planta, já é conhecido: trata-se do ascaridol.

O ascaridol está presente em elevados teores nas sementes, nas folhas e no caule. Porém, seu potencial tóxico pode tornar arriscado o uso indiscriminado de extratos da erva para fins medicinais.

A OMS determinou que uma dose de 20 gramas da planta inteira é o suficiente para provocar a rápida expulsão dos parasitas sem aparentes efeitos adversos.

Tipos de mastruz

Existem duas variedades de mastruz que possuem posologias diferentes: mastruz de folha e mastruz rasteiro.

O mastruz de folha, também conhecido como Erva de Santa Maria, é um vermífugo e tem função bactericida. O seu princípio ativo é muito utilizado como inseticida.

Já o mastruz rasteiro, de folhas miúdas e sementes em cacho, é muito comum nas regiões sul e sudoeste, onde o clima é mais frio:

Modo de uso do mastruz

A forma mais comum de utilizar as propriedades é o chá de mastruz.

Para o preparo é necessário colocar 3 a 4 folhas da planta fresca com sementes em 500 ml de água fervente e deixar por 10 minutos abafado. Coar e ingerir.

Além das folhas, podem ser usadas as flores e as sementes em infusões ou misturado com leite.

Ainda, o mastruz pode ser utilizado como tintura, xarope, extrato ou essência, no tratamento de uso interno ou compressas.

Para a aplicação externa, é necessário macerar a mesma quantidade de folhas com um óleo ou leite apenas para umedecer as folhas e ajudar a extrair sua essência.

E por isso, só depois aplicar sobre o ferimento ou o machucado e colocar uma atadura ou curativo.

Efeito colaterais do mastruz

Incluem irritação na pele e mucosas, dor de cabeça, vômitos, palpitações, danos no fígado, náuseas e transtornos visuais, caso seja usado em doses elevadas.

Contra indicação

Em altas doses, o matruz pode ter um efeito abortivo em mulheres gestantes e não deve ser usado em crianças menores de 2 anos de idade.

Sendo considerado uma planta medicinal e usado como remédios caseiros, é sempre importante uma orientação nutricional ou médica para que se obtenha os seus benefícios sem prejudicar a saúde.

Referências:

  1. SANTOS, S. G. CORRÊA, R. X. Diversidade genética de Chenopodium ambrosioides da região cacaueira da Bahia com base em marcadores RAPD. Pesq. agropec. bras., Brasília, v. 41, n. 1, p. 161-164, jan. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/pab/v41n1/28154.pdf
  2. SILVA, S. F. Eficiência anti-helmíntica in vitro do extrato aquoso de mastruz (Chenopodium ambrosioides L.). Monografia. Universidade Federal de Campina Grande. 2008. Disponível em : http://www.cstr.ufcg.edu.br/mv_downloads/monografias/mono_fabio.pdf
  3. ALMEIDA, J. M. M. Avaliação do potencial antioxidante e osteoindutor do extrato do mastruz (Chenopodium ambrosioides L.). Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Estadual da Paraíba, 2014. Disponível em: http://tede.bc.uepb.edu.br/jspui/bitstream/tede/1950/1/PDF%20-%20Jessica%20Maria%20de%20Melo%20Almeida.pdf