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Os maravilhosos benefícios do azeite de oliva para sua saúde

Quem não gosta de azeite? Esse produto é tão versátil, um verdadeiro coringa na cozinha. E claro, é uma delícia!

Vamos neste artigo explorar um pouco sobre a história do azeite de oliva, seus benefícios, as diferenças entre os variados tipos de azeites, bem como preciosas dicas sobre como fazer a melhor escolha de azeite no mercado.

Então, vamos lá!

O Azeite de Oliva

A Oliveira (Olea europaea L.) é a árvore da família Oleaceae, cujos frutos dão origem ao mundialmente conhecido azeite de oliva.

O azeite de oliva já é utilizado desde muitos séculos passados, por motivações religiosas, culturais, medicinais e econômicas.

Nos dias atuais, a maior produção de azeite de oliva provém da região do mediterrâneo. Não é a toa que o azeite é um dos principais protagonistas da famosa Dieta Mediterrânea.

O Brasil é um dos maiores importadores de azeite de oliva do mundo, sendo muito consumido e apreciado pela população brasileira.

Tipos de Azeite de Oliva

Azeite de Oliva Virgem

É o azeite obtido do fruto da Oliveira, cuja extração é realizada exclusivamente através de prensagem a frio. Sendo assim, é um produto que pode ser consumido nos mais variados estilos de vida, até mesmo em dietas extremamente restritivas, como é o caso, por exemplo, do Crudivorismo.

O controle de temperatura permite manter as características nutricionais originais do produto, uma vez que o azeite de oliva virgem também não passa por nenhum tipo de processo químico.

Dependendo do nível de acidez do azeite de oliva, ele pode ser classificado como azeite de oliva tipo extra virgem ou tipo virgem.

Tipo Extra Virgem

É definido como azeite de oliva extra virgem apenas os azeites que possuem acidez livre menor ou igual a 0,80%.

Tipo Virgem

O azeite é caracterizado como azeite de oliva virgem quando sua acidez livre for menor ou igual a 2,00%.

Azeite de Oliva Refinado (Tipo Único)

É o azeite obtido a partir do azeite de oliva virgem através de técnicas de refino. Isso significa que o azeite passa por alguns processos químicos, o que o torna menos saudável que o azeite de oliva virgem.

Entre os processos químicos realizados, está a utilização de solventes para extração e neutralização do produto para reduzir sua acidez. Isso faz com que parte das vitaminas e dos compostos fenólicos naturais do azeite sejam perdidos.

Azeite de Oliva (Tipo Único)

É a mistura do azeite de oliva refinado com o azeite de oliva virgem ou extra virgem.

Com essa mistura, além da redução do preço do produto final, aumenta-se a estabilidade a altas temperaturas. Isso torna o azeite tipo único mais indicado quando se deseja realizar frituras.

Como Escolher o Melhor Azeite de Oliva?

Para ser consumido cru, adicionado à saladas, sopas e outras preparações prontas, o azeite de oliva extra virgem deve ser a primeira opção de escolha.

Ele também pode ser utilizado para a realização de refogados. Porém, como possui baixa resistência a altas temperaturas, não é recomendável utilizar o azeite de oliva extra virgem para realizar frituras.

5 Dicas Importantes para Escolher o Melhor Azeite de Oliva

Dica 1 – Cheque a Acidez Informada no Rótulo

Na hora da compra, confira no rótulo do azeite a Acidez Livre indicada. Ela não deve ultrapassar 0,80%.

Quanto menor a acidez, maior é a qualidade do azeite. Os melhores azeites de oliva extra virgem disponíveis no mercado apresentam acidez menor ou igual a 0,30%.

Dica 2 – Cheque o Índice de Peróxidos Informado no Rótulo

Mais uma vez, estude o rótulo do azeite. Certifique-se que o Índice de Peróxidos seja menor ou igual a 20,0 mEq/Kg.

Dica 3 – Evite ser enganado por fraudes

Ainda no rótulo, procure pelas informações de produção e envaze do produto.

Infelizmente, as fraudes são uma realidade em nosso país. Portanto, prefira os azeites que sejam fabricados e envazados no mesmo local.

Dica 4 – A Embalagem do Azeite faz Diferença

Preste atenção na embalagem. Prefira sempre os azeites de oliva que foram engarrafados em embalagens com cores escuras, uma vez que a incidência de luz promove a oxidação do azeite.

Em casa, armazene seu azeite de oliva, assim como qualquer óleo vegetal, em local seco e ao abrigo da luz.

Dica 5 – Evite Alterações Indesejadas no Azeite

Após aberto, consuma o azeite o mais rápido possível.

As condições de armazenamento após a abertura do azeite modificam as propriedades originais do produto, podendo alterar, por exemplo, o sabor.

Benefícios do Azeite de Oliva

Previne Doenças Cardiovasculares

O ácido oleico é uma gordura de cadeia longa de 18 carbonos, e é o principal componente do azeite de oliva.

Por ser um ácido graxo monoinsaturado, o ácido oleico presente no azeite é capaz de ajudar na diminuição das concentrações séricas de LDL (as “más” lipoproteínas).

Essa redução diminui as lesões endoteliais provocadas pela oxidação de LDL, amenizando assim os riscos do desenvolvimento de doenças como a Aterosclerose.

Doenças Cardiovasculares x Dieta Mediterrânea

Na região do mediterrâneo, o consumo de azeite como principal fonte de gordura é um dos fatores que contribuem para a redução das concentrações sanguíneas de colesterol e da incidência de doença arterial coronariana.

Além do alto consumo de azeite, a dieta mediterrânea enfatiza o consumo de frutas, legumes, verduras, cereais integrais, peixes, oleaginosas, sementes e vinho tinto.

Saiba mais sobre a incrível Dieta Mediterrânea em nosso texto “O que é a dieta mediterrânea e quais seus benefícios”.

É Rico em Antioxidantes

O azeite de oliva extra virgem possui seus componentes bioativos preservados, como os polifenóis.

Entre os compostos fenólicos presentes no azeite extra virgem, destacam-se a oleuropeína, hidroxitirosol e tirosol. Esses componentes atuam no organismo como antioxidantes.

Os antioxidantes são potentes inibidores de radicais livres, sendo capazes de reduzir os riscos do desenvolvimento de doenças degenerativas, como as doenças cardíacas e o câncer.

Além disso, os antioxidantes também são capazes de exercer função anti rugas, hidratante e calmante.

Auxilia na Recuperação de Lesões Esportivas

Nos esportes, é praticamente inevitável a ocorrência de lesões. Isso acontece, pois o estresse muscular gera inflamação, hematomas e ruptura de tecidos.

Os tipos de gorduras contidas na alimentação exercem papel fundamental na recuperação de lesões musculares.

Gorduras monoinsaturadas, como o ácido oleico presente no azeite de oliva, possuem propriedades anti inflamatórias, ajudando a reduzir as inflamações provocadas pelas lesões.

É Rico em Vitaminas e Minerais

O azeite de oliva extra virgem é boa fonte de vitaminas E, A e K, além de minerais como o ferro, cálcio, potássio e magnésio.

A vitamina E possui potencial antioxidante, evitando o estresse oxidativo.

A vitamina A é essencial para o perfeito funcionamento do ciclo visual, evitando distúrbios na visão.

A vitamina K possui importante função na coagulação sanguínea, metabolismo ósseo e até mesmo no controle de diabetes tipo 2.

Esse conjunto de vitaminas e minerais fazem do azeite de oliva, especialmente o tipo extra virgem, um alimento de grandes propriedades nutricionais. São muitos os seus benefícios, o que torna o azeite de oliva extra virgem extremamente recomendável para ser um item de consumo diário.

Confira mais alguns benefícios:

Quanto devo consumir de azeite por dia?

Apenas 1 colher de sopa de azeite de oliva extra virgem por dia é o suficiente para garantir seus benefícios no organismo.

Além disso, é importante lembrar que nenhum alimento sozinho é capaz de realizar milagres nutricionais. Evite excessos desnecessários.

O segredo da saúde é manter uma dieta equilibrada, com alimentos seguros e nutritivos.

Então, inclua o azeite em sua rotina alimentar. Mas não se esqueça que para conseguir desfrutar de seus benefícios, é muito importante realizar essa inclusão junto à uma dieta balanceada e à prática regular de atividade física.

Referências:

  1. Krause, MV. Mahan, LK. Escott-stump, S. Krause – Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 12ᵃ ed. 2ᵃ tiragem. São Paulo:Roca, 2010.
  2. Gonçalves, ECBA. Análise de Alimentos – uma visão química da nutrição. 2ᵃ ed. São Paulo:Varela, 2009.
  3. Fabbri, FCZ. Os Benefícios do Ácido Graxo e do Ômega 3 e 6 na Saúde Baseados na Dieta do Mediterrâneo. Trabalho de conclusão de curso. Instituto Municipal de Ensino Superior de Assis. Assis:São Paulo. 2013. Disponível em: https://cepein.femanet.com.br/BDigital/arqTccs/0511160252.pdf
  4. Baroni, NAF. Avaliação do Potencial Antioxidante In Vitro de Azeites de Oliva Identificados como Extra Virgem Produzidos no Brasil. Dissertação de Mestrado. Universidade Estadual de Campinas. Campinas, 2015. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/254636/1/Baroni_NaiaraAparecidaFranco_M.pdf
  5. Lottenberg, AMP. Importância da Gordura Alimentar na Prevenção e no Controle de Distúrbios Metabólicos e da Doença Cardiovascular. Arq Bras Endocrinol Metab. 2009; 53(5):595-607. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/abem/v53n5/12.pdf
  6. MAPA. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa 1/2012. Fevereiro de 2012. Disponível em: http://sistemasweb.agricultura.gov.br/sislegis/action/detalhaAto.do?method=visualizarAtoPortalMapa&chave=629707739