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Os 10 principais benefícios da laranja

Entre as frutas mais consumidas pela população brasileira está a laranja.

A laranja é da família Rutaceae (família dos cítricos) e, por conta de suas características, podemos separá-la em dois grupos: laranjas doces (Citrus sinensis) e laranjas azedas (Citrus aurantium).

Sua produção, distribuição e consumo são amplos no país. Atualmente, o Brasil é o maior produtor mundial de laranja.

Segundo o IBGE, a laranja é a principal fruta produzida no país, com 17,6 milhões de toneladas colhidas em 2009, correspondendo a 42,7% do volume total da fruticultura nacional.

As partes comestíveis da laranja são: casca, suco e albedo.

Entre os seus principais nutrientes estão a vitamina C, os flavonoides naringenina e hesperidina, a fibra pectina, carotenoides e derivados fenólicos.

Os 10 principais benefícios da laranja

1. Atividade sobre o sistema nervoso central

O limoneno e o mirceno são dois componentes voláteis do óleo essencial da casca da laranja.

E eles são responsáveis pela atividade depressora do sistema nervoso central (SNC) e atuam como ação terapêutica em convulsões e como sedativo.

Em um estudo sobre o efeito do óleo essencial da casca sobre o SNC, os resultados mostraram que o óleo não tem efeito sobre a desordem generalizada da ansiedade. Porém, mostrou efeito na desordem obsessiva compulsiva, tanto em dose única quanto contínua.

2. Tonifica a pele

A laranja é capaz de diminuir a geração de espécies reativas de oxigênio e este efeito é provavelmente atribuído aos flavonoides: naringina e hesperidina.

Devido à alta concentração de vitamina C, a laranja tem alto poder antioxidante combatendo os radicais livres e prevenindo o envelhecimento precoce.

Além disso, a vitamina C ajuda na formação do colágeno, uma proteína fundamental para a firmeza e elasticidade da pele.

3. Melhora a imunidade

A vitamina C é essencial para seres humanos e age como antioxidante removedor de radicais livres e nutre as células, protegendo-as de danos causados pelos oxidantes.

Além de provocar mudanças no perfil lipídico, a hesperidina e naringenina também possuem ação antioxidante, otimizando o sistema de defesa do corpo.

4. Auxilia na prevenção da hipertensão

Além da função oxidante, a vitamina C também apresenta efeito hipotensivo (queda da pressão arterial), aumentando a vasodilatação (aumento do calibre dos vasos sanguíneos) endotelial. Devido à sua capacidade antioxidante de aumentar a síntese ou prevenir a degradação de óxido nítrico.

A laranja também contém os minerais potássio e cálcio, que são importantes para o controle da pressão arterial.

5. Atividade no sistema respiratório

Os flavonóides, principalmente a hesperidina, possuem capacidade de restaurar a permeabilidade e fragilidade capilar do sistema respiratório.

Em um estudo foi comprovado o efeito anti-inflamatório sobre os problemas respiratórios em pessoas variando de 7 a 78 anos com associação de 200 mg de flavonoides abundantes em cítricos e uma variação entre 300 mg e 1,5 gramas de ácido ascórbico.

A resposta dos efeitos foi obtida entre 8 e 48 horas, dependendo do estágio da infecção, com total redução dos sintomas.

6. Propriedades anticancerígenas

Devido a atividade biológica dos flavonoides que possuem capacidade de inibir enzimas envolvidas na ativação celular.

Os flavonoides atuam como três tipos de agentes no controle do câncer: agentes supressores, bloqueadores e transformadores.

Os agentes supressores previnem a formação de novos tumores a partir de pró-carcinógenos.

Os agentes bloqueadores previnem que os compostos carcinogênicos atinjam o estágio de iniciação tumoral.

Os agentes transformadores atuam facilitando o metabolismo de componentes carcinogênicos em substâncias menos tóxicas ou previnem suas ações biológicas.

7. Melhora do perfil lipídico

A naringenina e a hesperidina são as principais flavononas dietéticas encontradas quase exclusivamente em frutas cítricas.

A naringenina diminui o colesterol total e o LDL-colesterol plasmático, enquanto a hesperidina diminui o colesterol total e os níveis de triglicerídeos.

Além disso, a laranja é rica em pectina, uma fibra presente em sua casca, que também tem propriedades de diminuir os níveis de colesterol e triglicérides.

8. Melhora a digestão e protege o estômago

Os óleos essenciais da laranja melhoram a proteção do estômago através do aumento da produção de muco gástrico.

Além disso, a vitamina C ajuda na produção e liberação de sucos digestivos e, consequentemente, melhora a digestão dos alimentos.

9. Efeito emagrecedor

Existe um alcalóide na laranja chamado de sinefrina que possui estrutura similar à efedrina.

A efedrina age como redutor da gordura corporal pela ação da supressão do apetite e também pela estimulação do gasto de energia por oxidação de gordura.

10. Ajuda no controle da Diabetes

Por ser rica em fibras, a laranja ajuda no controle dos níveis de glicemia e insulina. Porém, é importante lembrar que o consumo deve ser moderado e que o melhor é consumir a fruta e não o suco.

Considerações finais

Todas as partes comestíveis da laranja fornecem benefícios à saúde, além de proverem nutrientes essenciais. Portanto, a laranja se enquadra na definição de alimento funcional.

Sugere-se o consumo de todas as partes da laranja sempre que possível, o que minimizaria o desperdício e acarretaria em uma ingestão muito maior de nutrientes.

Referências:

  1. RAMÍREZ, E. J. A.; HÜBSCHER, G. H. Laranja: alimento funcional. Nutrire: rev. Soc. Bras. Alim. Nutr.  J. Brazilian Soc. Food Nutr., São Paulo, SP, v. 36, n. 3, p. 79-91, dez. 2011. Disponível em: http://sban.cloudpainel.com.br/files/revistas_publicacoes/342.pdf
  2. SILVEIRA, J. Q. Ingestão habitual do suco de laranja vermelha e fatores de risco para a síndrome metabólica. Dissertação. UNESP, Araraquara. 2011. Disponível em: http://www2.fcfar.unesp.br/Home/Pos-graduacao/JACQUELINEQUEIROZSILVEIRAME.PDF 
  3. AREAS, T. F. MOURA, R. B. Laranja da terra: evidências científicas para diferentes aplicações terapêuticas. Revista Fitos. v. 7, n. 2, abril/junho. 2012. Disponível em: https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/19196/2/1.pdf