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Mel de laranjeira, eucalipto, manuka, uruçu… afinal, qual é o melhor mel?

Ah, o mel… doce e natural: uma dádiva da natureza, de tantos tipos que une tudo o que nós, instintivamente atraídos pelo sabor adocicado e cada vez mais preocupados com a saúde, poderíamos querer!

Mas diante de tantas variações surge a pergunta: qual o melhor mel?

Conheça os benefícios deste alimento para a saúde e como ele é produzido, para então compreender de onde surgem as diferenças entre os tipos de mel e como elas podem influenciar a sua escolha!

Mel e saúde

O mel não é apenas uma excelente opção para adoçar preparações culinárias e bebidas de forma natural, mas principalmente um alimento nutritivo, energético e funcional dotado de diversos compostos bioativos.

Entre eles, os antioxidantes, enzimas e polifenóis que atuam exercendo efeitos anti-microbianos, antifúngicos, antiinflamatórios e protetores do sistema imunológico, que previnem o envelhecimento precoce e o desenvolvimento de diversas doenças, especialmente as que atingem o sistema respiratório, a garganta e as doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

Além disso, o mel puro é rico em minerais como o potássio, que auxilia no equilíbrio da pressão arterial e na prevenção de câimbras; o cálcio, essencial para a saúde dos ossos e dentes; e o ferro, importante na prevenção da anemia ferropriva.

Como o mel é produzido?

O mel é obtido a partir da extração do néctar das flores ou das secreções procedentes das partes vivas das plantas e excreções das abelhas que o recolhem, transformam através da combinação de substâncias específicas próprias e o armazenam nos favos da colméia onde ocorre a maturação.

O conjunto de plantas que oferece néctar às abelhas chama-se flora apícola, que são plantas utilizadas pelas abelhas como fonte da secreção açucarada que irá compor o mel.

As características deste alimento como cor, sabor e aroma, a composição química e suas propriedades medicinais e fitoterápicas são influenciadas pela flora que foi fonte do néctar, assim como a espécie da abelha que o extraiu pousando sobre a flor, a zona geográfica da planta e condições climáticas.

Tipos de mel

O mel pode ser classificado como monofloral ou unifloral, quando o néctar é proveniente de só uma espécie vegetal, e apresenta características mais específicas de acordo com a planta utilizada como fonte de néctar e em multifloral ou polifloral, também conhecido como mel silvestre, não tendo constante as suas características.

Este tipo de mel é mais comum e barato por ter capacidade de produção que dura o ano todo, já que seu néctar é extraído de diversas plantas.

As principais variações entre os tipos de mel podem ser notadas pela cor, que vai do branco d’água até o preto, passando por várias graduações de âmbar; pelo sabor, que é geralmente doce, mas pode ter toques amargos dependendo da flora apícola; do aroma, que varia do suave ao marcante; e da consistência, que pode ser mais fluída ou mais viscosa.

No Brasil existem muitas variedades de mel, mas a seguir você confere quais são os tipos que mais se destacam produzidos pelas abelhas Apis mellifera ou por abelhas sem ferrão:

Mel da abelhas Apis mellifera

O mel produzido por essa espécie de abelha é consistente porque possui em torno de 80% de açúcares ou mais. Geralmente as abelhas africanizadas (Apis mellifera) são transportadas para áreas específicas durante floradas intensas de uma espécie de planta, e assim visitam praticamente um único tipo de flor. Portanto, a característica do mel produzido, nesse caso, depende da planta visitada pela abelha.

Mel de abelhas sem ferrão

O mel produzido por estas abelhas é mais fluido porque, em geral, possui 70% de açúcares. As abelhas sem ferrão costumam visitar diversos tipos de plantas ao mesmo tempo, por isso, a característica do mel é influenciada mais pelo tipo de abelha produtora do que pela espécie de planta visitada.

Além destas variedades comuns no Brasil, há um outro tipo de mel produzido a partir de uma planta nativa da Nova Zelândia, o mel de Manuka que vem sendo apontado por estudos científicos como superior aos outros em relação ao seu poder antibactericida, graças à um composto chamado metilglioxal (MGO).

Afinal, qual o melhor mel?!

Apesar dos diversos tipos de mel apresentarem variações entre as suas propriedades medicinais, todos em menor ou maior grau possuem poder antibiótico, atividade anti-microbiana, anti-inflamatória e alto valor energético e nutricional. Portanto, sua escolha pode ser pautada nas características sensoriais que mais lhe agradem como cor e sabor, e as utilidades culinárias para as quais você pretende utilizá-lo.

Devido a grande diversidade de tipos de mel existentes no mercado brasileiro, e seu alto custo que acaba por tornar comum a adulteração do alimento é importante saber identificar se o mel é puro, garantindo sua qualidade e bom aproveitamento dos benefícios para a saúde.

Agora que você já sabe as principais diferenças entre os tipos de mel aproveite para incluir esse superalimento na sua rotina e não só quando pegar aquela gripe ou a dor de garganta apertar, afinal é melhor prevenir do que remediar.

Referências:

  1. Udesc – Universidade de Santa Catarina. Produção: Jornal Sul Brasil. Caderno SB Rural. O mel e suas propriedades. Autoras: Suzana Just e Cássia Nespolo. Edição 47. 30.09.2010. Disponível em http://udesc.br/arquivos/ceo/id_cpmenu/1043/caderno_udesc_047_15197416503848_1043.pdf
  2. Revista Viva Saúde >Home >GUIA A-Z >Conheça os tipos de mel. Texto: Douglas Galan/ Adaptação: Letícia Maciel. Disponível em: https://vivasaude.digisa.com.br/guia/conheca-os-tipos-de-mel/2533/
  3. Associação Brasileira de Estudos das Abelhas >Imprensa >Releases >Conheça 12 tipos de mel ideais para o seu dia a dia. Disponível em https://abelha.org.br/conheca-12-tipos-de-mel-ideais-para-o-seu-dia-dia/