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Goji Berry: O que é, benefícios, emagrecimento e como usar

Originária do sul do continente asiático, a goji berry, embora recentemente introduzida na cultura ocidental, é utilizada na alimentação e medicina tradicionais de países como China, Índia e Tibete há milhares de anos.

Descubra mais sobre essa fruta poderosa lendo este post!

O que é a Goji Berry e qual sua origem

Essa fruta vermelha e miúda provém da família Solanacea que tem origem no sul da Ásia (China, Índia e Tibete). Seu nome científico é Lycium barbarum, sendo chamada popularmente como goji, bagas-de-goji, goji berry, lício da Barbária ou wolfberry.
São cultivadas principalmente na China, Europa e Himalaia, porque os arbustos desenvolvem-se melhor nos climas equatorial, mediterrâneo, oceânico e subtropical.
Como os frutos in natura são muito sensíveis, no Brasil, são vendidas no seu estado seco, ainda cruas, desidratadas ao sol ou a temperaturas inferiores a 40ºC.

Resumo:

Originária do sul da Ásia (China, Índia e Tibete), a Lycium barbarum é uma fruta em bagas, vermelha e pequena, sendo conhecida popularmente como goji, bagas-de-goji, goji berry, lício da Barbária ou wolfberry.

Benefícios da Goji Berry

Antes de citarmos diretamente os benefícios, vale ressaltar a composição nutricional desta fruta, pois são as vitaminas que compõe a goji, as responsáveis pelos efeitos benéficos a ela associados.
A fruta contém minerais como o zinco, o ferro, o cobre, o cálcio, o selênio e o fósforo e as vitaminas C, B1, B2, B6 e E.
A vitamina C (também conhecida como ácido ascórbico), possui uma grande capacidade antioxidante e ajuda a fortalecer o sistema imunológico do organismo. Já as vitaminas do complexo B (B1, B2 e B6) são hidrossolúveis e possuem funções coenzimáticas, ou seja, ativam as enzimas que controlam os processos biológicos. A vitamina E é distribuída nos alimentos pertencendo ao grupo solúvel e sua função é agir como um antioxidante natural que reage com radicais livres, sua absorção é relativamente pobre e está ligada às gorduras da dieta.
Embora existam estudos sobre os possíveis benefícios do consumo regular da fruta, muitos foram feitos em animais, dessa forma, há uma certa escassez de literatura científica que avaliem de forma consistente os efeitos da  ingestão da fruta por humanos.
Ainda no contexto científico, estudos vêm sendo realizados avaliando principalmente as propriedades antioxidantes da goji berry. Elas contêm carotenoides antioxidantes (betacaroteno, zeaxantina e luteína) e possuem 500 vezes a quantidade de vitamina C das laranjas. Por suas propriedades antioxidantes, a fruta foi avaliada na escala da Oxygen Radical Absorvance Capacity (ORAC) como a fruta que possui capacidade antioxidante mais elevada: 25.300 unidades ORAC em 100g de fruta.
Benefícios: 
  • A goji berry é conhecida como a “fruta da longevidade” pela presença de polissacarídeos e antioxidantes, prevenindo o envelhecimento precoce e combatendo os radicais livres;
  • Por conter ciperone (uma substância que auxilia na integridade das artérias coronarianas), reduz a pressão arterial sistêmica;
  • Pela presença de beta-sitosterol, impede a oxidação do LDL colesterol (o colesterol “ruim”) e a formação das placas arteriais, combatendo assim doenças do coração;
  • Graças ao componente betaína, o consumo regular de goji previne o acúmulo de gordura no fígado (esteatose), auxilia na reparação do DNA por danos causados por agentes químicos, poluentes e radicais livres, e melhora a capacidade cognitiva, uma vez que a betaína é convertida em colina, uma substância que auxilia na melhora da memória;
  • Atenua o aumento do açúcar no sangue após as refeições (hiperglicemia pós-prandial) pela ação das fibras e polissacarídeos;
  • Melhora a visão noturna devido à elevada quantidade de zeaxantina (um carotenoide antioxidante que protege contra a degeneração macular e a catarata);
  • Melhora a resposta imunológica, aumentando a contagem de linfócitos no sangue e ajudando a ativá-las sempre que o organismo estiver sob “ataque”;
  • Combate inflamações, restaurando as concentrações da enzima superóxido dismutase, o que impede a superoxidação dos radicais livres.

Embora tenha todos esses benefícios, é importante citar que, de acordo com alguns especialistas, a goji berry potencializa a ação do anticoagulante varfarina, sendo contra indicada a ingestão por pacientes que utilizam o medicamento. Também não deve ser consumido por quem utiliza aspirina com frequência, pois pode aumentar o risco de hemorragias. Além disso, apesar de trazer benefícios para a pressão e os níveis de açúcar no sangue, a goji berry não deve ser associado com anti-hipertensivos ou antidiabéticos, já que pode potencializar sua ação.

Além disso, pessoas que possuem maior sensibilidade a alimentos ou apresentam muitas alergias alimentares devem consumir a goji berry com cautela. Como a fruta é um alimento novo no Brasil e possui potencial alergênico elevado, antes de consumi-la regularmente é importante observar a resposta do organismo para essa novidade.

Resumo

Por ser rica em vitaminas e nutrientes antioxidantes, o consumo regular desta fruta pode melhorar a resposta imunológica, combater doenças cardiovasculares e melhorar a pressão arterial, “frear” o envelhecimento precoce, minimizando os efeitos dos radicais livres, além de prevenir problemas oftalmológicos e melhorar a memória.

Vale lembrar ainda que, de acordo com alguns especialistas, a goji berry não deve ser consumida por pessoas que utilizam os medicamentos varfarina e aspirina com frequência. Também deve ser consumida com cautela por pessoas que apresentem muitas alergias alimentares e por pacientes que façam uso de antidiabéticos e anti-hipertensivos.

Goji berry realmente ajuda a emagrecer?

Um estudo publicado no Journal of the American College of Nutrition, obteve resultados positivos para essa pergunta!

Além disso, estudos recentes mostraram que o consumo do extrato da fruta (em cápsulas) mostrou uma diminuição nos valores da circunferência da cintura, e diminuição do percentual de gordura corporal nos indivíduos do estudo que consumiram os frutos desidratados da goji berry.

Claro que o consumo das cápsulas ou da fruta de forma isolada, sem alteração nos hábitos alimentares e prática de exercícios físicos, não é suficiente para causar alterações corporais. Lembre-se: nenhum alimento é milagroso!

Como utilizar a goji berry?

A fruta pode ser consumida in natura (procure adicioná-la ao seu iogurte, em sua granola ou em saladas, fica uma delícia!) ou na forma de sucos e infusão. Também pode ser processada na forma de cápsulas.

A dosagem recomendada de frutas secas associadas às propriedades benéficas à saúde varia entre 6-15 gramas diárias.

Com relação às formas encontradas no mercado podemos citar: a fruta in natura desidratada, como farinha, em pó solúvel e na composição de alimentos e suplementos alimentares.

Referências: 

  1. Amagase, H.; Nance, D.M. Lycium barbarum increases caloric expenditure and decreases waist circumference in healthy overweight men and women: pilot study. Journal of the American College of Nutrition. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/51796628_Lycium_barbarum_Increases_Caloric_Expenditure_and_Decreases_Waist_Circumference_in_Healthy_Overweight_Men_and_Women_Pilot_Study
  2. USDA Database for the Oxygen Radical Absorbance Capacity (ORAC) of Selected Foods, Release 2 – Prepared by Nutrient Data Laboratory, Beltsville Human Nutrition Research Center (BHNRC), Agricultural Research Service (ARS), U.S. Department of Agriculture (USDA) – May 2010.
  3. Amagase, H.; Farnsworth, N.R. A review of botanical characteristics, phytochemistry, clinical relevance in efficacy and safety of Lycium barbarum fruit (Goji). Food Research International. Vol. 44. Núm. 7. p.1702-17. 2011. Disponível em: https://pdfs.semanticscholar.org/3d9a/5b9fbfbd6b67521fb61c35ba54a1894382b0.pdf
  4. Erkel, A. J., Cavagnari, M. A. V.,Vieira, D. G., Bennemann, G. D., Cebulski, G. Consumo de frutos e extratos concentrados de Goji berry (Lycium barbarum). Efeitos obre o perfil antropométrico entre mulheres idosas. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, São Paulo. v.11. n.65. p.261-268. Set./Out. 2017.  Disponível em: http://www.rbone.com.br/index.php/rbone/article/view/528/440