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Chá de erva doce: Para que seve e quais seus benefícios

O consumo de plantas medicinais tem base na tradição familiar e vem se tornando cada vez mais comum, não só pelos seus benefícios para a saúde, como também pelo seu baixo custo em relação aos medicamentos.

É uma ciência milenar que foi difundida pelo povo do Himalaia e pode ser facilmente preparada na forma de chás, ou seja, infusões feitas a partir de folhas, sementes, flores e raízes de plantas.

A erva-doce, também conhecida por “funcho”, é uma das plantas medicinais mais conhecidas e utilizadas pela população brasileira.

É uma planta de fácil acesso, baixo custo e conhecida por tratar problemas gastrointestinais, melhorar a ação digestiva e como calmante natural.

A melhor forma de consumo dessa planta é através do chá de erva doce, principalmente se consumido sem açúcar.

Origem

A erva doce (Foeniculum vulgare Mill., Apiaceae) é nativa da região mediterrânea e encontrada em terrenos baldios.

A variedade amarga é espontânea no norte e centro do continente e a variedade doce é cultivada em todo o mundo.

No Brasil, há cultivo da erva doce nos estados da Bahia, Paraíba, Pernambuco e Sergipe há cerca de 50 anos, como alternativa complementar de renda, pois são plantas de fácil cultivo em pequenas áreas e são comercializadas em feiras livres e mercados municipais.

Para que serve o chá de erva doce

A erva doce é uma erva aromática, medicinal e condimentar indicada, principalmente, no alívio de problemas digestivos, para eliminar gases, combater cólicas, tem ação expectorante na bronquite e asma, ação anti inflamatória e diurética.

Para o preparo de chás são utilizadas tanto as folhas secas, quanto as sementes e o bulbo.

As sementes da erva doce também são utilizadas para condimentar e aromatizar pães, bolos e biscoitos, e o óleo das sementes é largamente utilizado pela indústria de cosméticos e perfumaria, principalmente na forma de sabonetes, pois possui propriedades de remover impurezas da pele.

Benefícios do chá de erva doce para a saúde

Por ser rica em vitamina C, a erva doce melhora o sistema imunológico e por isso é muito usada no combate dos sintomas de resfriados e gripes.

Como preparar

O preparo do chá pode ser feito com as sementes, com as folhas secas ou com o bulbo.

Usando as sementes

Usando as folhas secas

Usando o bulbo

É importante não ultrapassar o consumo de 2 a 3 xícaras de chá de erva doce por dia para não ter os efeitos colaterais do consumo excessivo que são: náuseas, vômitos e reações alérgicas.

Indicações

Para as gestantes, o ideal é optar pelos chás claros, como o de erva doce e erva cidreira que possuem efeitos calmantes. Já os chás de canela e o de cravo da índia são contraindicados às gestantes pois possuem efeito abortivo, e os chá verde, chá mate e chá preto, por ter grandes quantidades de cafeína em suas composições, podem causar taquicardia e insônia.

Já o uso do chá de erva doce em lactantes (mulheres que estão amamentando) possuem efeito de estimular a produção e o fluxo de leite.

Além disso, o chá de erva doce é muito indicado para melhora das cólicas menstruais e também para aliviar os sintomas de TPM e menopausa.

Contraindicações

O chá de erva doce possui contraindicação à pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade à erva doce ou à plantas da família Apiaceae. Além disso, não é recomendado o uso prolongado por mais de 3 meses consecutivos e nem o uso de doses acima das recomendações.

Lembre-se: é sempre importante consultar um nutricionista para ter um acompanhamento adequado e individual para cada caso.

Referências:

  1. CARVALHO, L.M. et al . Caracterização da produtividade do funcho (Foeniculum vulgare Mill.) no sertão de Sergipe. Rev. bras. plantas med.,  Botucatu ,  v. 13, n. spe, p. 527-532,    2011 .   Disponível em: https://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722011000500004
  2. PAULA, J. et al. Avaliação da qualidade dos frutos de funcho (Foeniculum vulgare Mill.) utilizados no preparo de chás. Rev. Univap, São José dos Campos, v. 19, n. 33, set. 2013. ISSN 2237-1753. 2013. Disponível em: https://revista.univap.br/index.php/revistaunivap/article/view/112
  3. STEFFEN, S. J. P. C. Plantas medicinais: usos populares tradicionais. Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS. 2010. Disponível em: http://www.anchietano.unisinos.br/publicacoes/botanica/avulsas/clemente.pdf
  4. Brasil. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopéia Brasileira / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Brasília: Anvisa, 2011. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf