Como vimos anteriormente no post sobre alimentos termogênicos, estes vêm representando uma das diversas estratégias nutricionais quando o assunto é perda de peso, busca por resultados rápidos e também por uma melhor autoestima.
Os alimentos termogênicos são aqueles que apresentam um maior nível de dificuldade em serem digeridos pelo organismo. Isso faz com que o corpo necessite consumir maior quantidade de energia para realizar a digestão.
Agora vamos à nossa lista especialmente preparada para você que fica na dúvida em quais alimentos termogênicos naturais incluir no seu dia a dia!
10 Incríveis alimentos termogênicos naturais
1. Chá de Hibisco
O hibisco usado para o preparo do chá é preparado com as flores e os botões da espécie Hibiscus sabdariffa. Por isso, tenha atenção e cuidado na hora da compra – leia sempre a composição presente no rótulo do produto.
O chá de hibisco possui ainda ação antiinflamatória, diurética, antioxidante, ajuda no controle do colesterol e possui mais alguns atributos para combater as toxinas e facilitar o emagrecimento, mantendo o corpo saudável.
Além de tudo isso, o chá de hibisco conta com boas quantidades de vitaminas B1 e B2!
Todas as vitaminas pertencentes ao complexo B ajudam o nosso corpo na captação de energia nas células, principalmente ao auxiliar no metabolismo do oxigênio e da glicose, as principais fontes de combustível celular. A B1, ainda por cima, tem essa ação principalmente nos neurônios, células que formam nosso cérebro!
Entretanto, vale ressaltar que o consumo do chá não deve substituir o da água: é aconselhável tomar até 1 litro do chá de hibisco por dia e manter o consumo de água normalmente.
Sempre lembrando que o uso deste produto e de todos os outros da lista que preparamos deve ser associado a uma dieta balanceada e hábitos de vida saudáveis para que aconteça a obtenção de bons resultados!
ALERTA
Recomenda-se que gestantes, cardíacos e idosos consultem um médico antes de começar a ingerir o produto.
2. Camellia sinensis – CHÁ VERDE
O chá verde é proveniente da Camellia sinensis e não sofre fermentação, diferentemente do chá branco e preto que, embora sejam originários da mesma planta, sofrem processos de fermentação, entre outros.
A maioria dos polifenóis do chá verde se apresentam como flavanóis, e dentre estes, predominam as catequinas.
De acordo com a American Dietetic Association o consumo de 4-6 xícaras de chá verde ao dia já proporcionaria efeitos benéficos do chá à saúde.
Sugestão de consumo: entre as refeições para não interferir na biodisponibilidade de nutrientes provenientes das grandes refeições.
3. Gengibre
Aqui não estamos focando apenas no efeito termogênico do gengibre, mas também no seu efeito saciante, conforme comprovado por estudos científicos.
A melhor “opção” é consumir o gengibre quando for fazer exercícios físicos, já que ele aumenta o batimento cardíaco e promove aumento no gasto calórico em até 10%.
Uma maneira eficiente de introduzir o gengibre na rotina alimentar é na forma de tempero, ou na água!
Os estudos mostram que a dose diária para “sentir os efeitos” benéficos do gengibre fica entre 3 e 5 g diárias. Você pode consumi-lo em pó ou fresco.
Contraindicações
O gengibre possui propriedades anticoagulantes. Por isso, se você faz uso de medicação constante, seja ela qual for, ou se estiver grávida, fale com o seu médico primeiro, para saber se você está liberada para consumi-lo.
4. Canela
A canela controla os níveis de açúcar no sangue e ainda auxilia “combatendo” o acúmulo de gordura no organismo, facilitando o processo de emagrecimento.
Esse alimento auxilia na melhora dos níveis de colesterol e triglicerídios. Os diabéticos também são beneficiados com o uso desse alimento, uma vez que, estudos comprovaram a eficácia da canela como auxiliar no tratamento de diabetes tipo 2, já que ela agiria melhorando a resposta à insulina.
A canela é utilizada na medicina de países orientais para o tratamento de diversos males, como dores de cabeça, inflamações, perda de memória, artrite, problemas renais, entre outros.
Além disso, é um alimento pobre em calorias, possuindo cerca de 5 a 6 calorias por colher de chá.
Por outro lado é fonte de muitos nutrientes, como cálcio, vitaminas A, B1, B2 e B6, iodo, ferro, magnésio, fósforo e gordura monoinsaturada (gordura boa).
Muito saborosa, é um alimento benéfico para sua saúde e que, com certeza, não pode faltar no cardápio de quem opta por uma alimentação mais saudável.
5. Cravo da índia
Em uma dieta, a preocupação principal não deve ser apenas emagrecer, mas também perder peso com saúde.
Sendo assim, é necessário inserir no cardápio alimentos que, além de ajudarem na perda de peso, também ofereçam benefícios à saúde – e o cravo-da-índia se encaixa perfeitamente nessa categoria.
Além da culinária, o cravo também é utilizado devido a suas inúmeras propriedades, tais como:
- Analgésico e antisséptico;
- Acelera o metabolismo;
- Antioxidante;
- Antisséptico bucal;
- Contribui para o bom funcionamento da tireoide;
- Auxilia no controle do colesterol, etc.
Vale ressaltar que remédios à base de cravo devem ser evitados por mulheres grávidas, pois provocam contrações uterinas.
Também deve ser evitado o seu uso exagerado e sua aplicação em zonas mucosas irritadas.
6. Ômega 3
Vários estudos científicos pesquisaram o efeito do ômega 3 no organismo. Essa substância oferece as seguintes vantagens:
- Protege o coração;
- Reduz riscos de desenvolver Diabetes Tipo 2;
- Reduz a inflamação, entre outras inúmeras propriedades!
As principais fontes alimentares são os peixes de águas profundas e frias, como salmão, atum, bacalhau e sardinha. Esses alimentos, quando preparados de maneira saudável, são excelentes para a nossa saúde.
Mas o ômega 3 também existe em alimentos vegetais, como na semente de chia, no azeite, no óleo de
canola e no óleo de linhaça. Existe também em pequenas doses em alguns vegetais, como espinafre, couve, brócolis e rúcula.
O ômega 3 ajuda a queimar os depósitos gordurosos e ainda reduz o apetite, potencializando a eliminação de medidas e o emagrecimento.
Apenas duas ou três porções por semana e já é possível começar a ver resultados em composição corporal e na melhora da saúde!
Embora seja possível comprar suplementos de ômega 3, a verdade é que devemos sempre priorizar a ingestão de alimentos “in natura“.
7. Vinagre de maçã
O vinagre de maçã vem sendo utilizado de diversas formas, seja para dar sabor ácido aos alimentos ou como conservante em produtos industrializados evitando o crescimento microbiano.
Além disso, apresenta efeito fisiológico relacionado com a regulação da glicose sanguínea, auxilia no controle da pressão arterial, auxilia na digestão e tem grande função na absorção de cálcio.
Dentre os estudos conduzidos para avaliar as propriedades benéficas do vinagre de maçã no organismo humano, pode-se destacar o estudo da Universidade do Arizona que foi publicado na revista Diabetes
Care, que monitorou homens e mulheres durante um mês de experimento. Para tal, os sujeitos participantes ingeriam duas colheres de sopa de vinagre de maçã diluídos em água duas vezes ao dia, uma antes do almoço e outra, antes do jantar. Ao final do estudo, cada participante emagreceu, em média, 2 kg.
Portanto, o vinagre de maçã contém nutrientes importantes para a perda de peso, destacando-se por sua ação antioxidante e prevenção de diabetes tipo 2.
8. Café verde
O café verde difere do café torrado por conta de um composto fenólico denominado ácido clorogênico.
Esse ácido tem um sabor extremamente amargo e, por isso, é removido do café que costumamos beber, geralmente durante a torrefação.
Diversos estudos têm associado o uso do extrato do café verde com perda de peso, entretanto os especialistas alertam que ainda há muito a ser estudado para que essa substância seja definitivamente uma ferramenta a ser utilizada para a perda de peso.
9. Capsaicina – Pimentas e Curry
A capsaicina é o componente ativo das pimentas. As pimentas são estimulantes do apetite e auxiliares da digestão.
O consumo desse aditivo aumenta a salivação, estimula a secreção gástrica e a motilidade gastrointestinal.
Estudos indicam o aumento do gasto energético imediatamente após uma refeição que contenha pimenta, além de redução na repetição da ingestão alimentar e oxidação lipídica.
Além da pimenta por si, você já ouviu falar no Curry?
O Curry é um tempero indiano que combina dentre outras coisas pimenta e cúrcuma, um potente antioxidante e antiinflamatório que em combinação com a pimenta pode ser uma ferramenta valiosa no processo de emagrecimento.
10. Chá Branco
O chá branco é produzido a partir da mesma planta que o chá verde, a Camellia Sinensis, mas as folhas e os brotos que são utilizados na sua produção são retirados da planta ainda jovem.
Para auxiliar no processo de emagrecimento, é recomendado consumir de 1,5 a 2,5 g da erva por dia, o que equivale entre 2 a 3 xícaras do chá, que deve ser consumido sem adição de açúcar ou adoçante. Além disso, seu consumo deve ser feito 1 hora antes ou depois das refeições, pois a cafeína pode diminuir a absorção de nutrientes da alimentação.
Referências
- Aguiar, A. V. et al. Principais termogênicos naturais e sua ação na prevenção e tratamento da obesidade. Disponível em: https://even3.azureedge.net/anais/41077.pdf;
- Akindahunsi, A. A., Olaleye, M. T. Toxicological investigation of aqueousmethanolic extract
of the calyces of hibiscus sabdariffa l. Journal of ethnopharmacology 89, 161–164p. 2003; - Uyeda, M. Hibisco e o processo de emagrecimento: uma revisão de literatura. Saúde em Foco, Edição nº: 07/Ano: 2015. Disponível em: http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2015/hibisco_emagrecimento.pdf;
- Lamarão, R. da C., Fialho E. Aspectos funcionais das catequinas do chá verde no metabolismo celular e sua relação com a redução da gordura corporal. Rev. Nutr. 22( 2 ): 257-269, 2009. Available from: http:www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52732009000200008&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1415-52732009000200008;
- Mitrou, P., Petsiou, et al. Vinegar Consumption Increases Insulin-Stimulated Glucose Uptake by the Forearm Muscle in Humans with Type 2 Diabetes. Journal of Diabetes Research, 2015. Disponível em: http://doi.org/10.1155/2015/175204.